|
Aljezur Aljezur:
por terras da Moura Encantada A fundação de Aljezur (Ajeçur , Aldeia das Pontes) é atribuída aos árabes, no séc. X. O Castelo foi conquistado em 1243 por D. Paio Peres Correia, Grão-Mestre da Ordem de Santiago. Uma conquista sangrenta, evocada pela toponímia que chegou aos nossos dias: a encosta da vila velha, encimada pelo castelo, divide-se entre "O Degoladouro" e "As Cabeças". Elucidativo. O foral da vila foi atribuído por D. Diniz em 1280. D. Manuel I outorgou-lhe foral novo em 1504. No séc. XIV a sua cerca de muralhas foi renovada e, apesar do seu actual estado de degradação, é um dos sete castelos representados na bandeira nacional. A ribeira de Aljezur nasce na Serra de Monchique e a sua foz situa-se a 6 quilómetros. A ribeira de Aljezur, que foi em tempos navegável por barcos de razoável calado e se encontra presentemente assoreada, banha campos férteis que produzem a melhor batata-doce do país.
Aldeia das Pontes "Aljezur
seria em época islâmica uma quase ilha - como o seu nome árabe indica
- rodeada por uma lagoa marítima, certamente rica em peixe e marisco.
Terras fertilíssimas e sapais justificavam a existência de um povoado
de camponeses e pescadores, que possuíam um recinto fortificado no cume
do cerro. Além de servir, naturalmente, de refúgio em caso de ataque,
teria também a provável função de celeiro e armazém colectivo. O
recinto muralhado não chega a ter um hectare e o seu espaço interior,
além de uma boa cisterna, organiza-se ao longo dos muros em minúsculos
compartimentos contíguos que parece não terem sido utilizados para habitação.
De toda a muralha talvez se possam atribuir à época islâmica o torreão
cilíndrico virado a Norte e o cubelo de planta quadrangular do topo
Sul." Cláudio
Torres, in Terras da Moura Encantada-Arte Islâmica em Portugal, Ed.
Civilização, 1999, pp. 167/168 |
|||||||||||