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Fauna As Aves As aves são a expressão mais visível da fauna do sudoeste alentejano e costa vicentina. De facto, o número de espécies é maior do que em qualquer outra área de dimensões comparáveis, em Portugal (cerca de 200 espécies inventariadas). As migrações de aves planadoras, observáveis em toda a costa, são especialmente significativas e têm tido uma atenção especial por parte dos ornitólogos, na zona de Sagres/S.Vicente. Nas falésias, cuja avifauna é das mais ricas da Europa, nidificou o último casal de águia-pesqueira (Padion haliaetus ), espécie ameaçada na costa meridional europeia. A defesa desses últimos exemplares em Portugal foi uma das "bandeiras" dos conservacionistas em defesa da criação do Parque Natural. Infelizmente, a protecção chegou tarde: a fêmea veio a morrer, em 1997, no ninho na rocha vicentina, presa em redes de pesca. A natureza, porém, é teimosa: uma nova fêmea veio juntar-se ao macho solitário, no início de 2000, embora ainda não tenham surgido frutos de um namoro difícil. Nas falésias e nas ilhotas rochosas (palheirões) ocorre a nidificação de muitos casais de cegonha-branca ( Ciconia ciconia ), o símbolo da TERRAS DE MOUROS. Podem-se ver facilmente os seus ninhos na praia do Vale dos Homens, perto do Pero Vicente, e na Cabo Sardão, junto à Zambujeira do Mar. A costa sudoeste e vicentina é a única da Europa onde nidificam cegonhas brancas nas ilhotas rochosas, pois geralmente preferem zonas mais para o interior. A par desta espécie, nidificam na costa aves típicas de falésia, incluindo falcões-peregrinos e gralhas-de-bico-vermelho. Com atenção poderá ainda observar o francelho, cuidando da sua prole nas escarpas marítimas. Nos habitats ribeirinhos, como o rio Mira, as ribeiras de Aljezur e do Seixe, ou o Paúl de Budens, as espécies nidificantes incluem as garças vermelhas e pequena, o galeirão e passeriformes como o sonoro rouxinol-grande-dos-caniços. Nos medos, barrancos e pinhais em redor do Pero Vicente encontra ainda a furtiva perdiz, o sonoro cuco, o cabreiro-ruim anunciando a chuva, o colorido abelharuco, a pega-rabuda, o omnipresente melro, o barulhento pica-pau e uma miríade de passeriformes, que transformam o amanhecer num concerto inusitado. Outros
dos nossos vizinhos de penas:
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