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Fortificações Forte de Porto Covo Destinava-se à defesa do porto natural, utilizado desde a Idade do Ferro, bem como à defesa das obras de construção do porto artificial que decorriam no canal da Ilha. João Serranito Nunes descreve, em "Fortificações da Costa Sudoeste (Sécs. XVI-XIX)", publicado na Setúbal Arqueológica, vols. 11-12, 1997, o historial da sua construção: "O projecto
foi de Filipe Tersi, engenheiro italiano que veio para Portugal no reinado
de D. Sebastião, e que foi nomeado por Filipe II "mestre de
todas as minhas obras que se fizerem à custa de minha fazenda"
(Guedes, 1989). (...) Nunes salienta
que o aspecto que hoje apresenta (planta trapezoidal, com um baluarte
irregular em cada vértice) é diferente do projecto inicial
de Filipe Tersi. Tal facto ter-se-á devido à ineficácia
revelada nos primeiros confrontos, com os corsários a atacarem
a coberto da vizinha Ilha do Pessegueiro. Alexandre Massai terá
então proposto a construção de um segundo forte,
na Ilha, que servisse de primeira linha de defesa e, simultaneamente,
de morada dos trabalhadores do canal. Assim, o Forte de Porto Covo e o
Forte da Ilha do Pessegueiro fazem parte do mesmo sistema defensivo.
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