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Fortificações Forte de S. Clemente O Mira e
o seu estuário são, nos séculos XVI e XVII , uma
via de comunicação importante, ligando o interior alentejano
ao mar e aos portos mais a norte. Cereais, cortiça, azeite, são
parte de um intenso comércio que torna Vila Nova de Milfontes um
alvo apetecível (e acessível) para corsários e piratas.
Em 1590/91, ocorre o episódio de um assalto por corsários
mouros que leva a população da vila a entregar uma petição
ao rei D. Filipe II visando a construção de uma fortificação
que a protegesse dos frequentes ataques. O projecto foi entregue a Alexandre
Massai, que na altura trabalhava no forte da Ilha do Pessegueiro. O forte
de Vila Nova de Milfontes foi erguido entre 1599 e 1602. João Nunes
refere que "quanto à operacionalidade do forte apenas em finais
do séc. XVII se terá verificado alguma eficácia,
já que há notícias de haver uma guarnição
devidamente armada e comandada. Posteriormente, assistiu-se à sua
progressiva ruína e abandono. Finalmente, foi vendido em 1906 (...)."
(João Nunes, 1997).
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