Quercus: betão na Costa Vicentina, o pior de 2008
O avanço do betão no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina foi eleito como um dos «piores factos ambientais de 2008» pela Quercus, no balanço ao ano que há pouco terminou. «Apesar do ano 2008 ter sido marcado por questões económicas, como a subida do preço do petróleo e a crise financeira, as questões ambientais não foram relegadas para o esquecimento», salienta a Quercus no seu balanço de 2008.
«É cada vez mais unânime nas sociedades actuais que a melhoria do desempenho ambiental é também uma forma de combater os problemas sociais e económicos. Na verdade, a subida do preço do petróleo fez aumentar o investimento público e privado nas energias renováveis e, apesar de ter voltado a descer tão abruptamente quanto subiu, a sociedade já percebeu a necessidade de encontrar alternativas energéticas ao petróleo, não só pelos problemas ambientais que provoca, mas também pela volatilidade do seu preço nos mercados internacionais», acrescenta a associação ambientalista.
«No entanto, apesar de 2008 ter sido o primeiro ano de cumprimento do protocolo de Quioto, para além dos efeitos decorrentes da subida do preço dos combustíveis, não se notou nenhum esforço acrescido para reduzir as emissões dos gases com efeito de estufa em Portugal».
No seu balanço ambiental relativo ao ano de 2008, a Quercus seleccionou os melhores e os piores factos, e apresenta algumas perspectivas para o ano de 2009:
Depois da vaga de projectos turístico-imobiliários no Litoral Alentejano, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Rede Natura 2000 na Costa Sudoeste estão ameaçados por novas vagas de betão.
Para além das 9.000 camas já existentes foram já aprovados, nalguns casos sem parecer do ICNB, mais cerca de 10.000 novas, existindo ainda intenções de construção de mais alguns milhares.
Fonte: barlavento.online
03-02-2009
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