Polis SW: para desconfiar
O Polis é ums instrumento concebido para a reabilitação urbana. Aprovar um para uma área ambientalmente sensível como o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina ameaça colocar betão onde ainda não existe. A verdade é que vão ser lançados 40 milhões de euros em três autarquias que tudo têm feito para contornar os planos de ordenamento e que se têm comportado como advogadas de defesa dos promotores imobiliários e do turismo "pesado". Não será por acaso que esses autarcas foram os primeiros a aplaudir este "Polis".
A notícia, veiculada pela muito oficial Agência Lusa, a 5 de Maio, aqui fica. Polis para o Sudoeste e Costa Vicentina arranca em 2010
"O Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina vão ter um Polis Litoral, cuja obra se deve iniciar em 2010 e terá um investimento de 40 milhões de euros em três concelhos, anunciou ontem, no Algarve, o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia. "O Polis para esta zona vai intervir numa área extensa - em Vila do Bispo, Aljezur e Odemira - e fará claramente a diferença, sendo um projecto de excepcional significado", disse o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, à margem da inauguração do Centro de Interpretação de Vila do Bispo.
De acordo com o ministro, as intervenções, que deverão iniciar-se em 2010, com prazo de conclusão previsto para três anos depois, vão deixar "uma marca de mudança, sem negar os valores naturais, mas conciliando o desenvolvimento económico e social". Nunes Correia adiantou que algumas das acções específicas do quarto Polis Litoral (já existem os do Norte, Ria de Aveiro e Ria Formosa) passam por valorizar as áreas balneares, proteger as arribas, criar percursos de visitação, ecovias e ciclovias, e melhorar núcleos populacionais. Para o presidente da Câmara de Aljezur, Manuel Marreiros, o Polis anunciado "é uma oportunidade única para potenciar um estudo deste território, que tem estado abandonado". O autarca saúda a intervenção do Governo, que considera "importantíssima": "Vai permitir-nos ter uma visão global do território". Manuel Marreiros sublinhou ainda que o projecto anunciado vai permitir "ter em atenção a conservação dos valores naturais e impulsionar a economia local". "Teria que se dar um empurrão para a economia local e para se definir um rumo para este espaço, para o qual, desde 1988, a única coisa que tinha sido produzida era legislação", frisou". Lusa
16-05-2009
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